10/08/2025 | Press release | Distributed by Public on 10/08/2025 13:04
Nos dias 3 e 4 de outubro, o chefe-geral substituto, Carlos Estevão Cardoso, e o analista Helton Fleck, da área de transferência de tecnologia, participaram do Seminário das Redes Produtivas da Reforma Agrária, realizado no assentamento Jacy Rocha, em Prado, no extremo sul baiano. O evento aconteceu na Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, espaço de formação e difusão de práticas agrícolas sustentáveis, e reuniu prefeitos, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e autoridades baianas para discutir políticas públicas voltadas à agricultura familiar e ao fortalecimento da produção de alimentos saudáveis.
Estevão participou da mesa de abertura do seminário, que teve o propósito de fazer o lançamento das agroindústrias das redes produtivas da Bahia a partir dos produtos produzidos pelos agricultores assentados. Na oportunidade, ele comentou como a Embrapa pode contribuir com as redes produtivas, disponibilizando inovações que possam atender aos segmentos de produção de matéria-prima e de processamento das cadeias produtivas priorizadas, visando aumentar a competitividade dos produtos e reduzir riscos.
Já no dia 4, Estevão e Helton participaram de uma mesa de debate cuja finalidade era aprofundar as possibilidades de cooperação entre a Embrapa e as redes produtivas da reforma agrária. Estevão apresentou uma palestra sobre a importância da inovação para o desenvolvimento rural, enfatizando exemplos de contribuições concretas da Embrapa Mandioca e Fruticultura, e Helton abordou a Rede Reniva (Rede de multiplicação e transferência de manivas-semente de mandioca com qualidade genética e fitossanitária), na perspectiva de como contribuir diretamente com a rede produtiva que terá como foco a cultura da mandioca. A ideia inicial, como um projeto-piloto, é usar a Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto como um maniveiro-âncora, para atender à demanda de manivas-sementes dos assentamentos de reforma agrária do extremo sul da Bahia.
No evento, houve também a oportunidade de começar a construir as possibilidades de levantamento dos recursos visando implementar o projeto-piloto na escola. "Nessa articulação, estamos contando com a participação decisiva dos representantes do Plano de Ação Territorial [PAT] da Mandiocultura, que foi criado para promover o desenvolvimento da cadeia produtiva da mandioca no extremo sul da Bahia", afirmou Estevão.
O PAT da Mandiocultura é uma ação do Programa de Desenvolvimento Territorial do Banco do Nordeste (Prodeter). Na prospecção das possibilidades de recursos, as iniciativas lideradas por Araildes Ribeiro, agente de Desenvolvimento Rural do Banco do Nordeste (BNB), em conjunto com Rubens de Farias, secretário de Agricultura do município de Alcobaça, atual coordenador-geral do Comitê Gestor do PAT da Mandiocultura 2, têm sido fundamentais, como pontuou o pesquisador. "Inclusive, deve haver, ainda este mês, uma reunião em Salvador, com a secretária Fabya Reis [Assistência e Desenvolvimento Social] e os assessores do deputado Valmir Assunção, com vistas a destinar para a Embrapa uma emenda parlamentar e articular as contribuições de outras instituições, tais como a CAR [Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional] e a Bahiater [Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural], em torno do projeto piloto com o MST", acrescentou Estevão.
A participação da Embrapa no evento foi articulada por Araildes e pelas lideranças do MST na região, Hervison Pereira e Carlos Roberto da Silva, dirigentes regionais do MST no extremo sul da Bahia.