11/17/2025 | Press release | Distributed by Public on 11/17/2025 13:29
O Governo do Brasil está investindo R$ 116 milhões na modernização da estrutura de armazenamento de plasma em todo o país. Por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), estão sendo entregues 604 equipamentos de congelamento e armazenamento do insumo a 125 hemocentros e unidades de hemoterapia em 22 estados.
A ação, coordenada pelo Ministério da Saúde em parceria com a Hemobrás, visa contribuir para um incremento de mais de 27% na expectativa de plasma a ser recolhido em 2025, podendo alcançar mais de 300 mil litros de plasma. O plasma é insumo essencial para a produção de medicamentos hemoderivados, como albumina, imunoglobulina e fatores de coagulação. O investimento fortalece a autossuficiência brasileira e garante soberania em saúde pública.
O plasma é a parte líquida do sangue responsável por transportar células e proteínas. Além do uso transfusional, o plasma é utilizado como matéria-prima fundamental para a produção de medicamentos hemoderivados que retornam ao SUS. Os hemoderivados são indicados em tratamentos de queimaduras, cirurgias de grande porte, deficiências imunológicas e distúrbios da coagulação, garantindo o tratamento de milhares de pacientes em todo o país, incluindo, mas não se limitando, às pessoas com hemofilia e outras coagulopatias hereditárias.
Com os novos equipamentos, entre freezers, ultrafreezers e blast freezers, o Brasil pode alcançar mais de 300 mil litros de plasma entregues à Hemobrás, um incremento de mais de 27% em relação a disponibilidade estimada de 242 mil litros para o ano de 2025, favorecendo e ampliando significativamente o aproveitamento do plasma doado e produzido no país. Essa ampliação representa um passo essencial para o aproveitamento total do plasma excedente do uso transfusional, fortalecer a produção nacional de hemoderivados e garantir a continuidade de tratamentos vitais no SUS.
"O investimento representa um avanço estratégico na qualificação do parque tecnológico da Hemorrede viabilizando o aproveitamento total do plasma doado e fortalecendo a produção nacional de medicamentos. Isso reduz a dependência de importações e contribui para autossuficiência em hemoderivados fortalecendo o Sistema Nacional de Sangue e Hemoderivados - Sinasan", destaca a coordenadora-geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH), do Ministério da Saúde, Luciana Carlos.
As entregas tiveram início em outubro, com as primeiras instalações realizadas em hemocentros de referência. Até o final de novembro, 93 novos equipamentos chegarão a unidades de dez estados: São Paulo, Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará, Mato Grosso e Piauí.
Os equipamentos estão sendo instalados pela empresa fornecedora e passam por testes de qualificação técnica. As equipes locais também recebem treinamento especializado para garantir o uso seguro e eficiente.
O diretor do Novo PAC na Saúde, Henrique Chaves, destaca que o investimento em equipamentos é parte de um esforço maior de modernização da infraestrutura da saúde pública no país.
"O Novo PAC tem um papel estruturante. Ao fortalecer a rede física do SUS com equipamentos de alta tecnologia como esses, criamos as condições para um sistema mais eficiente e moderno para a população", pontua o diretor.
De acordo com Fernanda Naves, secretária-adjunta do Programa de Aceleração do Crescimento, vinculado à Casa Civil da Presidência da República, a ação reforça o compromisso do governo com a produção nacional de medicamentos estratégicos.
"Com a ampliação do fornecimento de plasma, o Brasil reduz a dependência de importações e fortalece a soberania em saúde, assegurando medicamentos de qualidade para toda a população", afirma.
Com mais capacidade de armazenamento e melhor aproveitamento das doações, o SUS avança na oferta de tratamentos que salvam vidas e reforça o papel estratégico do plasma doado como base para a produção de medicamentos que retornam à rede pública. O investimento do Novo PAC transforma infraestrutura em cuidado, fortalecendo cada etapa da cadeia do sangue, da coleta à entrega de medicamentos, e impulsionando o crescimento da produção nacional em saúde.