Com apoio da OPAS, Ministério da Saúde do Brasil conduz Inquérito Nacional de Contenção de Poliovírus

Brasília, 12 de dezembro de 2025 - Com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o Ministério da Saúde do Brasil conduz o Inquérito Nacional de Contenção de Poliovírus, que busca identificar laboratórios que armazenam materiais infecciosos ou potencialmente infecciosos.

Todos os laboratórios públicos e privados, bem como as instituições de pesquisa cadastradas no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES) que realizam a manipulação ou armazenamento de amostras, devem preencher o Inquérito Nacional de Contenção de Poliovírus, disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/p/poliomielite/contencao-do-poliovirus. O preenchimento permite atualizar o mapeamento nacional de risco e identificar a existência de materiais infecciosos ou potencialmente infecciosos nos estabelecimentos.

O Inquérito Nacional de Contenção de Poliovírus, com base no CNES e realizado pela Coordenação-Geral de Laboratórios de Saúde Pública, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, faz parte dos esforços para assegurar a contenção segura do poliovírus em laboratórios, seguindo as diretrizes do Plano Regional para a Contenção dos Poliovírus nas Américas, documento estratégico da OPAS. O trabalho envolve a identificação, o controle e a eliminação de materiais infecciosos ou potencialmente infecciosos que possam representar risco à saúde pública.

Erradicação da pólio

A contenção laboratorial é um requisito fundamental para que o Brasil avance na Iniciativa Global de Erradicação da Pólio (GPEI, sigla em inglês) e receba o Certificado Internacional de Erradicação da Poliomielite. De acordo com o Ministério da Saúde, o inquérito é uma ferramenta essencial para atualizar o mapeamento das instituições que manipulam ou armazenam o vírus. Até a Semana Epidemiológica 49 de 2025, apenas 25,6% (442) das 1.726 instalações identificadas no país responderam ao inquérito - percentual considerado insuficiente pela Comissão Regional de Certificação, que recomendou a ampliação imediata da adesão para o avanço na Fase I do Plano Regional.

A participação dos laboratórios neste inquérito é fundamental para manter o país alinhado às normas internacionais, fortalecer a segurança biológica e aprimorar a vigilância laboratorial. O engajamento das instituições é decisivo para que o Brasil mantenha o status de país livre da poliomielite e avance na Iniciativa Global de Erradicação da Pólio (GPEI, sigla em inglês) para receber o Certificado Internacional de Erradicação.