11/14/2025 | Press release | Distributed by Public on 11/14/2025 10:13
BELÉM, Brasil - O Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento (Grupo BID) e o Grupo Banco Europeu de Investimento (Grupo BEI), em nome do Grupo de Trabalho sobre a Natureza dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (BMDs) e em colaboração com o Governo do Brasil, lançaram hoje Financing Nature: A Practitioner's Guide to Results Metric Selection (Financiando a natureza: um guia prático para seleção de métricas de resultados) - uma nova ferramenta para mensurar os resultados e acelerar o investimento em natureza.
Os países tropicais precisam de US$ 67 bilhões por ano em investimentos até 2030 para deter a perda de florestas e restaurar áreas degradadas. Mas a mensuração dos esforços para a natureza permanece fragmentada, com mais de 600 indicadores e centenas de métricas que com frequência rastreiam atividades em vez de resultados ecológicos, o que retarda investimentos e escala.
O guia visa a desbloquear capital privado para a natureza e o clima ao ajudar desenvolvedores de projetos e investidores a selecionar métricas de natureza robustas e orientadas para resultados que se alinhem com padrões globais.
O lançamento ocorreu em um evento de alto nível presidido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil durante a COP30. A sessão contou com discursos de abertura de João Paulo Capobianco, Secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, e do Presidente do Grupo BID, Ilan Goldfajn, seguidos por um painel de líderes globais em financiamento da natureza.
"Investir na natureza é investir em resiliência e desenvolvimento sustentável", disse Goldfajn. "Mas não podemos administrar o que não medimos, e não temos como financiar o que não podemos explicar. Este Guia, o Marco de Belém para o Financiamento da Natureza, que chamamos de "Alinhamento de Belém", transforma a ambição em ação, fornecendo métricas de natureza comuns em que os investidores podem confiar."
"Os investimentos que impactam positivamente a natureza são essenciais para alcançar os objetivos de resiliência climática e econômica", afirmou o vice-presidente do BEI, Ambroise Fayolle. "O Guia que lançamos hoje é um passo fundamental para garantir que os fluxos financeiros mobilizados gerem benefícios reais e duradouros para as pessoas, o clima e a biodiversidade."
Apoiando-se em análises de mais de 70 instituições, 10 quadros de referência e 156 métricas, e desenvolvido com apoio técnico de The Biodiversity Consultancy, o Guia promove métricas que:
O Guia está sendo usado em caráter piloto pelo Grupo BID em apoio ao quarto leilão do EcoInvest, que expande o financiamento de longo prazo para projetos de bioeconomia e baseados na natureza com resultados de biodiversidade definidos. O EcoInvest já mobilizou mais de US$ 13 bilhões em seus três primeiros leilões.
O Guia é uma ferramenta voluntária, flexível e orientada para o usuário, aplicável a várias classes de ativos e ecossistemas. Embora não seja um requisito operacional para os BMDs, foi projetado para ajudar governos, instituições financeiras e ONGs a melhorar a eficiência, comparabilidade e credibilidade em mensuração e financiamento da natureza.
Neste momento em que a COP30 une clima e natureza no palco mundial, o BID e o BEI reafirmam seu compromisso de tornar a medição e financiamento da natureza mais usáveis, escaláveis e vinculados a resultados mensuráveis. O Guia é um produto importante do MDB's Viewpoint Note: MDBs Working as a System for Impact and Scale e reflete a implementação da Declaração Conjunta dos BMDs sobre a Natureza, as Pessoas e o Planeta.