07/28/2025 | Press release | Distributed by Public on 07/28/2025 13:54
"Hoje é um dia histórico. Tirar o Brasil do Mapa da Fome era o objetivo primeiro do Governo Lula ao iniciar seu mandato e cumprimos em tempo recorde". Com essas palavras, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, celebrou, em entrevista coletiva, os números divulgados, nesta segunda-feira (28/7), no Relatório sobre o Estado de Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI 2025).
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A publicação é produzida anualmente por cinco agências especializadas da ONU e, a partir desse relatório, é divulgado o Mapa da Fome. No caso do Brasil, a média trienal 2022/2023/2024, colocou o país abaixo do patamar de 2,5% da população em risco de subnutrição ou de falta de acesso à alimentação suficiente e, consequentemente, fora do Mapa da Fome.
"Assim, como o nosso Sistema Único Saúde (SUS) salvou vidas na pandemia, o trabalho do Sistema de Segurança Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional brasileiro, o SISAN, também salvou milhões de vidas", disse.
Esta é a segunda vez que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva retira o país dessa condição: a primeira foi em 2014, após 11 anos de políticas consistentes. No entanto, a partir de 2018, o desmonte de programas sociais fez o Brasil retroceder e retornar ao Mapa da Fome no triênio 2018/2019/2020." Hoje comemoramos, em apenas dois anos de governo, reduções históricas de insegurança alimentar grave e da pobreza ", lembrou.
O ministro reiterou que a saída do Brasil do Mapa da Fome é resultado de decisões políticas do governo brasileiro que priorizaram a redução da pobreza, o estímulo à geração de emprego e renda, o apoio à agricultura familiar, o fortalecimento da alimentação escolar e o acesso à alimentação saudável.
Entre as políticas públicas, citou iniciativas de transferência de renda, como Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada, e o Plano Brasil Sem Fome. "Não há soberania sem justiça alimentar. E não há justiça social sem democracia", defendeu.
Na entrevista, Wellington Dias enfatizou que o governo está empenhado e dedicado em continuar o trabalho. "Temos estratégia da Busca Ativa, com cruzamento de informações e realizações de visitas, para alcançar quem ainda não alcançamos, e trabalhar para que as pessoas, ao entrar no Cadastro Único, possam acessar conjunto de programas que trazem dignidade", afirmou.
Outro ponto destacado pelo ministro, tanto na coletiva de imprensa quanto no lançamento do relatório SOFI 2025 foi a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que atualmente reúne 193 membros, incluindo 101 países e 92 organismos internacionais, bancos de desenvolvimento, instituições financeiras e organizações da sociedade civil.
"O que torna essa iniciativa única é o seu foco na implementação. A Aliança não cria planos do zero. Ela atua para destravar o potencial de estratégias, planos, metas e políticas que já existem, que são eficazes, escaláveis e alinhadas às prioridades locais - mas que muitas vezes esbarram na fragmentação da cooperação internacional ou na insuficiência dos recursos disponíveis", enfatizou durante a apresentação do relatório SOFI.
O titular do MDS explicou também que a Aliança está apoiando países na elaboração de planos de implementação de programas contra a fome e a pobreza no âmbito de um processo chamado Iniciativa de Aceleração (Fast Track). Treze países participam dessa iniciativa, promovendo a inclusão produtiva rural na Etiópia, Ruanda e República Dominicana, proteção social à primeira infância na Palestina e Tanzânia e transferência de renda na Zâmbia e Haiti, por exemplo.
E fez um chamado aos presentes: "A Aliança somos todos nós. Convido cada organização, banco multilateral, cada país a contribuir, começando com esses primeiros planos", disse. "Se conseguimos o apoio necessário para que cada um desses planos vire realidade e que mais países se inspirem e consigam implementar programas baseados na ciência e em evidências robustas para redução da fome e da pobreza, terei esperança: não precisaremos aguardar 60 anos para acabar com a fome no mundo. A fome tem pressa", concluiu.