09/30/2025 | Press release | Distributed by Public on 09/30/2025 06:35
Profissionais da unidade levaram tema para Escola Diocesana São Francisco, fechando cronograma de ações da campanha Setembro Verde
A estudante Lívia Araújo, 16 anos, cursa o primeiro ano do ensino médio na Escola Estadual Diocesana São Franciso, em Santarém, oeste do Pará. Nesta segunda-feira (29), ela tirou um tempo das aulas para saber mais sobre um assunto importante: a doação de órgãos, e aprovou tudo o que aprendeu a respeito do tema.
"Eu só ouvia o básico sobre, o de ajudar pessoas que precisam de órgãos. Mas não sabia de nada profundamente. A palestra foi importante, consegui tirar todas as minhas dúvidas. É algo que precisa ser falado porque pode salvar vidas. Eu sei que não é a mesma coisa, mas eu já doei cabelo para pessoas que precisavam para ajudar na autoestima e saúde mental durante tratamento. Então, a doação de órgãos é algo que precisa ser mais divulgado, com certeza", afirmou Lívia.
Estudantes conheceram um pouco mais sobre o processo de doação de órgãos para pessoas que aguardam por transplantes
Alunos da instituição de ensino participaram de uma ação promovida pelo Hospital Regional do Baixo Amazonas Dr. Waldemar Penna (HRBA), como encerramento da programação da unidade alusiva à campanha nacional Setembro Verde, que incentiva a doação de órgãos.
Profissionais da Organização de Procura de Órgãos (OPO) Tapajós e do setor de transplantes do hospital palestraram sobre o assunto no auditório da escola, explicando o como é feito o procedimento para a doação, quem pode doar, como uma doação pode ajudar a vida das pessoas, entre outros tópicos, além de esclarecer as dúvidas dos jovens.
"Nós trouxemos um pouco de informação, saber o que eles já sabiam sobre o assunto e foi muito bom. Tentamos juntar as equipes da captação e transplantes também para falar com os jovens e foi bem positivo, eles se envolveram bastante, e conseguimos tirar muitas dúvidas. O nosso objetivo é divulgar mais este ato de doação e explicar o benefício que essa doação traz para toda a sociedade", destacou o enfermeiro da OPO Tapajós, Valciclei Lima.
Em Santarém, desde o ano de 2012, o Hospital Regional de Santarém é referência em captação de órgãos e transplantes renaisSetembro Verde - O HRBA conta com a Organização de Procura de Órgãos (OPO) Tapajós. Hoje, um médico e dois enfermeiros fazem parte da OPO, que trabalha na busca ativa de potenciais doadores, no apoio ao diagnóstico de morte encefálica e no acolhimento e consentimento da família para a doação.
A Organização promoveu durante todo o mês ações alusivas à campanha Setembro Verde, com palestras educativas dentro do hospital, para colaboradores, pacientes e acompanhantes. Além disso, a fachada do hospital ganhou um laço e ficou iluminada na cor verde durante as noites.
Para ser um doador de órgãos após a morte, é necessária a realização de um rigoroso protocolo médico que vai determinar se o paciente teve morte encefálica, que consiste na parada irreversível das funções do cérebro. No Brasil, a retirada de órgãos só pode ser realizada após a autorização familiar. Assim, mesmo que uma pessoa tenha dito em vida que gostaria de ser doador, a doação só acontece se a família autorizar.
Durante o mês de setembro, a fachada do HRBA ficou iluminada na cor verde durante à noiteReferência - O Hospital Regional de Santarém é referência em captação de órgãos e transplantes renais em todo o oeste paraense. Desde 2012, a unidade é habilitada pelo Ministério da Saúde para captar os órgãos. De lá para cá, já foram captados na unidade 197 órgãos, sendo 103 rins, 77 córneas, 13 fígados e quatro corações, em um total de 55 procedimentos. A captação mais recente ocorreu no dia 24 deste mês e foi a primeira deste ano, com dois rins e um fígado captados.
Já os transplantes de rins são realizados no hospital desde 2016. Até aqui, já foram 130 procedimentos , sendo 54 intervivos - quando o doador é geralmente parente do transplantado - e mais 76 de doadores falecidos. Só em 2025, a unidade já realizou 15 transplantes, levando mais qualidade de vida a pacientes que puderam deixar as sessões de hemodiálise para trás.
Um deles é o seu Nilton Cavalcante Furtado, 67 anos, que após cinco anos de tratamento na hemodiálise recebeu uma doação de um rim no dia 10 de agosto deste ano. Emocionado, ele ressaltou o quanto isso foi importante para a vida dele e de toda a família.
Alunos estiveram atentos às explicações sobre os procedimentos de doação e esclareceram dúvidas sobre o assunto"Significa tudo na minha vida. É só gratidão. A gente poder sair dessa máquina, que ficamos um dia sim e um dia não, é sacrificante. Mas para Deus nada é impossível e tudo no tempo dele. Graças a Deus está indo tudo bem. Esse rim veio de Belém e chegou no dia certo, no horário certo. Graças a Deus", comemorou.
Para quem conheceu um pouco mais sobre o trabalho desenvolvido pelo hospital, fica a certeza de que a importância de uma doação de órgãos para a vida de várias pessoas e famílias precisa ser cada vez mais debatida na sociedade.
"O esclarecimento, a informação. Tudo isso é primordial. Até para nós, adultos, é um assunto ainda pouco falado, não sabemos muito sobre. É muito importante que isso seja passado para os jovens e eles reproduzam essas informações. O Hospital Regional é uma referência, que presta um grande serviço para a nossa região. E uma ação como essa aproxima o HRBA da sociedade", opinou a diretora da Escola Diocesana São Francisco, Enia Hoyos.
"Levar esse assunto, essa pauta, para alunos da rede de ensino em geral é um divisor de águas. A gente trabalha o tamanho da importância da doação de órgãos tanto no Brasil quanto na nossa realidade regional. Isso mostra o HRBA em movimento e atento às diretrizes do Ministério da Saúde, sendo vanguardistas em muitos serviços de saúde no oeste do Pará", concluiu o diretor-geral da unidade, Matheus Coutinho.
Serviço:
O HRBA é referência em média e alta complexidade para uma população de 1,4 milhão de pessoas residentes em 29 municípios, e presta serviço 100% referenciado, atendendo à demanda originária da Central de Regulação do Estado.
A unidade pertence ao Governo do Pará, sendo administrada pelo Instituto Social Mais Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e fica localizada na avenida Sérgio Henn, nº 1100, no bairro Diamantino, em Santarém.