Pará destaca Plano de Bioeconomia em evento voltado à cobertura climática

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) participou, na quinta-feira (8), do evento "Trilhas da cobertura climática", realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), em Belém. Representada pela secretária adjunta de Bioeconomia, Camille Bemerguy, a Semas apresentou as ações do Plano de Bioeconomia (PlanBio) e os avanços do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia.

Com foco na discussão "Bioeconomia na Amazônia: economia que funciona e os próximos desafios", o encontro foi direcionado a comunicadores da região e teve como objetivo fortalecer a conexão entre profissionais da comunicação e iniciativas que promovem conhecimento sobre a Amazônia nos nove estados que compõem a Amazônia Legal.

Entre os temas abordados, ganharam destaque os principais aspectos do PlanBio, que integra o Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA) e se configura como uma das estratégias para a transição do Pará rumo à neutralidade de carbono. O evento também apresentou os avanços do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, projeto que visa transformar a região em um polo de desenvolvimento sustentável, científico e tecnológico.

"O Pará teve um pioneirismo ao estabelecer um plano que somava um elemento de desenvolvimento estratégico e econômico na sua centralidade. E a bioeconomia foi pensada como uma dessas estratégias relevantes nesse processo. O plano nasceu como um desdobramento da Política Estadual de Mudanças Climáticas e do Plano Amazônia Agora, tendo como meta transformar a base econômica do estado e torná-lo carbono neutro até 2030", destacou Camille Bemerguy.

Atualmente, o PlanBio reúne 122 iniciativas e tem como pilares o fortalecimento de cadeias produtivas sustentáveis, a valorização do conhecimento tradicional e da biodiversidade local.

Durante o encontro, a secretária adjunta também apresentou a plataforma de monitoramento do PlanBio, disponível no site da Semas. A ferramenta permite acompanhar, em tempo real, o andamento das ações, incluindo número de beneficiados, valores investidos e setores econômicos contemplados.

"Hoje em dia contamos com 18 secretarias executando essas ações. Lançamos a plataforma de monitoramento das ações do PlanBio, onde cada uma das secretarias insere suas informações, ações e faz uma atualização mensal de quantas pessoas foram beneficiadas, quais são os projetos em andamento e quais os valores envolvidos. A plataforma também permite segmentar por público: é possível visualizar quantas pessoas foram impactadas pelo Plano de Bioeconomia, quantas pertencem aos PIQCTs, quais setores estão sendo atendidos e qual é o volume de negócios que está sendo catalisado", explicou.

Outro ponto abordado foi o andamento das obras do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia. Com 75% da estrutura concluída, o espaço será o maior complexo de inovação em bioeconomia florestal do Brasil. A proposta é criar um ecossistema que una negócios comunitários, startups e indústrias com foco em inovação para a efetivação do PlanBio.

O parque vai integrar inovação tecnológica, saberes tradicionais e empreendedorismo sustentável, valorizando comunidades locais, pesquisadores, indústrias e investidores. A meta é transformar a sociobiodiversidade da Amazônia em soluções econômicas e sociais alinhadas à preservação ambiental.

Texto: Mário Gouveia e Jamille Leão/ Ascom Semas