PM na AG da ONU: Cabo Verde associa-se à adoção de uma Declaração histórica dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS)

"Em Nova Iorque, Cabo Verde associou-se à adoção de uma Declaração histórica dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS)", anunciou o Primeiro Ministro, reportando ao que aconteceu durante o pequeno-almoço de trabalho dos Líderes da AOSIS (Aliança dos Pequenos estados Insulares).

"A consideração das Circunstâncias Especiais dos SIDS é um marco que deve orientar todos os processos multilaterais", sublinhou Ulisses Correia e Silva, dizendo que "a Declaração reconhece a realidade geográfica, demográfica e climática dos SIDS, tal como ela é".

"Somos 39 países, representamos 39 votos nas Nações Unidas e detemos vastas zonas marítimas", continuou. "Devemos, por isso, ter uma voz mais forte e uma maior relevância no concerto das nações", concluiu o Chefe do Executivo.

"Cabo Verde está totalmente alinhado com esta Declaração e comprometido em defender os seus princípios nos fóruns regionais, internacionais e globais", rematou.

Ainda em Nova Iorque, o Primeiro Ministro cabo-verdiano participou na Mesa Redonda Ministerial sobre o Estado de Direito - "O Estado de Direito ao longo dos 80 anos da Carta das Nações Unidas", no quadro da 80ª Sessão da Assembleia-Geral da ONU.

"A democracia está em luta permanente. Na era do digital, da inteligência artificial e da pós-verdade, este combate é ainda mais exigente", disse Ulisses Correia e Silva.

De acordo o Chefe do Governo, "o movimento anti-sistema procura eliminar fronteiras entre democracia e autocracia, entre verdade e mentira, entre bem e mal. Se essas fronteiras caírem, prevalecerão a autocracia, a mentira e o mal".

"Nenhum país está imune. Cabe às Nações Unidas, como regulador global, e a cada Estado, tornar o terreno menos fértil ao extremismo e ao populismo", advertiu. "É preciso instaurar confiança, sobretudo nos jovens, dar oportunidades reais e demonstrar, com resultados, que viver em democracia é muito melhor do que viver em autoritarismo", finalizou.