Futebol Clube do Porto - Futebol SAD

10/25/2024 | Press release | Distributed by Public on 10/25/2024 05:27

“É a primeira grande figura do FC Porto a doar a coleção ao Museu”

André Villas-Boas marcou, na manhã desta sexta-feira, presença na Sala Multiusos do Museu FC Porto, onde viu em primeira mão a nova exposição temporária que dá aos visitantes a inédita oportunidade de revisitar Américo, guarda-redes campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal pelos Dragões que recebeu um Louvor do Estado e foi agraciado com as mais altas distinções do clube, com destaque para o Troféu Pinga e o Dragão de Ouro.

De olhos postos numa "homenagem que só é possível com a grande ajuda da família e do Américo, que em vida decidiu doar todo o espólio ao FC Porto" e se tornou "a primeira grande figura" a fazê-lo, o presidente lembrou "alguém que dignificou o nome do FC Porto, foi o quarto guarda-redes mais utilizado de sempre na história do clube e uma pessoa que deixará saudade aos adeptos, particularmente aos que o viram jogar sem luvas, a sua marca de distinção".

Acompanhado por Isabel Leite, afilhada da lenda azul e branca que relatou que "o único arrependimento" do guardião era "não ter sangue azul nas suas veias", o dirigente máximo admitiu que este é um ato que guardará "no coração" antes de elogiar "a qualidade das fotografias e dos recortes de jornais", demonstrativa do "cuidado" que o guarda-redes "tinha em preservar a coleção", e evidenciar o significado deste espólio, mesmo a nível internacional: "A qualidade que temos aqui em exposição, não só as peças relacionadas com o FC Porto, mas também do Campeonato do Mundo de 1966. Temos aqui a camisola que usou ao serviço da seleção portuguesa e as de Itália e do Brasil. Muitas e boas memórias do FC Porto e de Portugal".

Os ideais de bravura, superação, ambição, respeito e companheirismo guiaram o guardião à grandeza dos deuses e o amor e devoção ao azul e branco guardaram-lhe um lugar na memória eterna de cada portista. É natural e imensa, então, a relevância de conhecer o seu percurso e a sua a marca profunda no clube através do contacto com peças de coleção e outras raridades colecionadas pelo próprio jogador. A exposição abre no sábado ao público e continuará alojada na galeria de troféus azul e branca até 28 de fevereiro de 2025. A entrada é livre.

Uma homenagem sincera
"Uma homenagem que só é possível com a grande ajuda da família e do Américo, que em vida decidiu doar todo o espólio ao FC Porto. A Mafalda [diretora do Museu] conta-me que foi um espólio bastante grande e que obrigou à invasão da privacidade da família do Américo, que recebeu de braços abertos o Museu, permitiu a recolha de todos os objetos que aqui estão e tornou possível esta grande homenagem a alguém que dignificou o nome do FC Porto, foi o quarto guarda-redes mais utilizado de sempre na história do clube e uma pessoa que deixará saudade aos adeptos, particularmente aos que o viram jogar sem luvas, a sua marca de distinção, apesar de termos ali umas luvas que utilizava em jogos à chuva e que, ao lado das do Diogo Costa, refletem bem a evolução dos tempos. Uma homenagem sincera, só possível com a generosidade do Américo e da família, o respeito pelo FC Porto e que dignifica a história do clube e do Museu."

O agradecimento eterno a Américo e à família
"Acabámos de ouvir o relato sincero da sua afilhada, Isabel, que conta que o único arrependimento do Américo era não ter sangue azul nas suas veias. É bem personificada a sua dignidade e generosidade nesta doação ao Museu. Estamos imensamente orgulhosos de receber a sua coleção. É a primeira grande figura do FC Porto que doa a coleção ao Museu e esperamos que mais se sigam neste ato de generosidade que nos dignifica enquanto clube e dignifica a nossa história. Vamos guardar este ato no nosso coração e queremos agradecer à família todo o seu esforço."

Um espólio com relevância nacional e internacional
"Memórias vivas evidentemente não tenho, apenas fotográficas como estão aqui nestes recortes. Todas as pessoas relacionadas com o FC Porto, sejam adeptos, sócios, funcionários ou profissionais, guardam sempre as memórias que viveram no clube ao longo da sua vida. É curioso para mim ver que esta é uma tradição que se mantém há muito tempo. Eu também tenho os meus recortes de jornais, as minhas fotografias, o Américo fazia o mesmo e a qualidade das fotografias e dos recortes refletem o cuidado que tinha em preservar a coleção. A qualidade que temos aqui em exposição, não só as peças relacionadas com o FC Porto, mas também do Campeonato do Mundo de 1966. Temos aqui a camisola que usou ao serviço da seleção portuguesa e as de Itália e do Brasil. Muitas e boas memórias do FC Porto e de Portugal. É com grande saudosismo que recordamos tudo isto."