06/17/2025 | Press release | Distributed by Public on 06/17/2025 00:44
À medida que a Beauty Tech continua a amadurecer, o futuro pertence à inteligência que sente. Com as marcas a expandirem-se por múltiplas plataformas e geografias, a necessidade de criar experiências que sejam emocionalmente envolventes, além de simplesmente responsivas, é maior do que nunca. Este artigo analisa a próxima grande evolução da IA no setor da beleza: sistemas autónomos, baseados em agentes e orientados por sinais, que vão além da personalização e tornam cada interação verdadeiramente humana. Estes sistemas inteligentes não se limitam a servir os clientes, mas trabalham em conjunto em toda a organização, desde a cadeia de abastecimento ao comércio digital, para orquestrar experiências de marca contextuais, cuidadosamente curadas e contínuas. Este é um momento decisivo na inovação da beleza para os líderes da indústria, um ponto de viragem em que a empatia passa a guiar a inovação e a tecnologia se torna uma parceira na entrega da essência da marca, pela primeira vez, à escala.
Definir o futuro da estratégia de beleza: inteligência autónoma e orientada por sinais. A indústria da beleza e da moda sempre foi mais do que apenas produtos. Trata-se de ligação, identidade e aspiração. No mundo cada vez mais digital de hoje, o verdadeiro desafio é preservar essa experiência profundamente pessoal e próxima em cada interação, independentemente do canal. Como é que levamos o calor de uma consulta em loja para um ecrã, ou a intuição de um conselheiro experiente para um algoritmo?
A resposta está numa nova geração de sistemas de IA autónomos, orientados por sinais, que fazem parte da próxima vaga de inovação na Beauty Tech. Estes sistemas são capazes de personalizar, compreender verdadeiramente e humanizar cada momento. Estes agentes inteligentes, apoiados nos avanços da personalização com IA, oferecem agora ainda mais: a capacidade de colaborar, aprender e responder de forma tão intuitiva quanto inteligente. Com eles, a indústria está à beira de uma nova inovação em beleza, onde a empatia e a tecnologia avançam em sintonia.
Num futuro baseado em agentes, as marcas de beleza deixarão de desenhar manualmente jornadas do cliente. Passarão a cultivar sistemas inteligentes que antecipam, se adaptam e criam ressonância emocional em cada ponto de contacto.
Isto não é automação. É orquestração. Não se trata de substituir a intuição humana, mas de a ampliar com precisão, empatia e elegância.
Desenhar para a emoção: da personalização à humanização. Os retalhistas deram passos significativos na utilização de IA no setor da beleza para criar experiências personalizadas. O que começou como uma simples personalização evoluiu para ecossistemas inteligentes e conectados que respondem ao comportamento dos utilizadores e compreendem o contexto e as nuances emocionais. O objetivo é tornar cada interação intuitiva e fomentar a lealdade, reconhecendo desejos e emoções individuais e oferecendo soluções que não são apenas relevantes, mas também profundamente pessoais.
Mas o horizonte está novamente a mudar. A próxima fronteira, os Guias Multiagente Autónomos, promete redefinir o que é possível. Este novo paradigma reúne agentes de IA altamente especializados, cada um focado numa área específica do negócio da beleza e da moda ou numa etapa da jornada do cliente. Estes agentes trabalham em harmonia, não se limitando a seguir um guião, mas colaborando para criar guias vivos, dinâmicos e em constante evolução, em vez de fluxos de trabalho estáticos. São experiências adaptáveis e orientadas por estratégia, concebidas de forma inteligente e continuamente aperfeiçoadas pelos próprios agentes. É um sistema que aprende, orquestra e evolui sem perder o ritmo.
Quando alguém procura online uma nova rotina de cuidados de pele, não está apenas a navegar. Está à procura de se sentir visto, compreendido e de receber aconselhamento. Nos bastidores, agentes inteligentes de IA acedem a uma camada rica e em constante evolução de conhecimento, baseada em compras anteriores, preocupações cutâneas conhecidas, mudanças sazonais, ingredientes em tendência, stock em tempo real e até conteúdos partilhados por vozes credíveis da comunidade da beleza. Em conjunto, estes agentes não oferecem apenas sugestões de produtos, mas proporcionam uma experiência pensada, curada e verdadeiramente personalizada. Um agente pode interpretar suavemente as necessidades da pele, outro atender às preferências éticas e um terceiro dar conselhos de aplicação, sugestões de combinações ou até agendar uma consulta virtual com um conselheiro humano, porque às vezes, é mesmo de um toque mais humano que precisamos.
Não se trata de automatizar por uma questão de eficiência, trata-se de humanizar a personalização ao serviço do cuidado.
O poder da inteligência preditiva, baseada em conhecimento e a nível de ecossistema
O que torna esta abordagem multiagente especial é o facto de assentar em conhecimento profundo, contextual e em constante evolução. Os agentes de IA representam uma nova fronteira para os decisores, pois não se limitam a reagir, pensam. Tomam decisões fundamentadas, baseadas em conhecimento, que vão muito além do simples reconhecimento de padrões. Com pouca ou nenhuma intervenção humana, conseguem antecipar necessidades antes mesmo de estas se manifestarem, como, por exemplo, recomendar um sérum hidratante antes de o cliente perceber que o ar seco no exterior está a afetar a sua pele, recorrendo a dados meteorológicos em tempo real e sinais comportamentais.
Nos bastidores, estes agentes orquestram interações complexas em todo o ecossistema digital e físico, ligando de forma fluida plataformas de comércio eletrónico, aplicações móveis, canais sociais, marketplaces externos e até espelhos inteligentes nas lojas. Com isso, constroem experiências que não são apenas hiperpersonalizadas e contextuais, mas também verdadeiramente humanas, com recomendações que parecem intuitivas, informadas e sempre um passo à frente.
Para as casas globais de beleza e moda de luxo, o desafio não é apenas implementar IA, mas fazê-lo com sabedoria. As marcas precisam de preservar a riqueza emocional, o património e o toque humano que definem a sua identidade, mesmo ao modernizarem-se para alcançar agilidade digital. Os sistemas de IA baseados em agentes e orientados por sinais oferecem um caminho único para o futuro. Permitem às marcas escalar inteligência sem sacrificar a intimidade, automatizar com propósito e infundir em cada interação relevância, contexto e cuidado. Ao privilegiarem a orquestração emocionalmente inteligente, em vez de apenas automação, estes sistemas alinham-se perfeitamente com os princípios de artesanato, sustentabilidade e experiências cuidadosamente curadas que os líderes do setor de luxo valorizam.
Trade 2.0
O Trade 2.0 representa um sistema vivo e interligado que substitui o planeamento linear por uma orquestração adaptativa. Permite às marcas passarem de modelos reativos de distribuição para um design de mercado proativo, harmonizando cadeia de abastecimento, marketing e comércio digital com base em sinais em tempo real. Cada ponto de dados torna-se uma alavanca de ação, desde padrões de interação social até feedback de conversas e velocidade de rotação de inventário. Ao integrar-se nos ecossistemas de parceiros e adaptar-se ao ritmo do comércio eletrónico moderno, o Trade 2.0 capacita as organizações a planear, reagir e escalar ao compasso do mercado.
Trade 2.0: orquestrar operações inteligentes em beleza com IA
O impacto da IA baseada em agentes vai muito além do que o cliente vê. Afeta o cerne da forma como os negócios de beleza e moda pensam, planeiam e respondem. Na sua essência, não se trata apenas de uma mudança tecnológica, mas de um ponto de viragem estratégico. É uma nova base de atuação para que as marcas operem com maior flexibilidade, inteligência e relevância emocional num mundo cada vez mais digital e acelerado.
Do inventário à influência: reequilibrar oferta e procura em tempo real. Os agentes de IA permitem agora que as marcas de beleza respondam com precisão à procura em tempo real. Através do acompanhamento de tendências nas redes sociais e dados de inventário, conseguem ajustar automaticamente a produção, a logística e as promoções. O equilíbrio entre oferta e procura é estabelecido de forma fluida e discreta, em segundo plano.
Decisões comerciais mais inteligentes, moldadas por sinais. O planeamento comercial deixou de assentar em previsões estáticas e passou a basear-se em decisões dinâmicas. A IA baseada em agentes simula cenários e recomenda estratégias com base em sinais de mercado em tempo real. As marcas podem agora agir de forma mais rápida e confiante, guiadas por insights que informam cada decisão.
Escuta em larga escala: transformar conversas em estratégia. As conversas com os clientes passaram a ser uma fonte importante de informação estratégica. Os agentes de IA interpretam o tom de voz, o sentimento e os temas recorrentes em pontos de contacto digitais e físicos. Estas perceções ajudam as marcas a adaptar-se em tempo real, antes de as tendências atingirem o seu auge.
Manter-se à frente num mercado que nunca abranda. Nos canais digitais, onde tudo acontece rapidamente, a agilidade é essencial. Os sistemas baseados em agentes gerem preços, agrupamento de produtos e envolvimento do cliente com rapidez, sem comprometer a voz da marca. O resultado são experiências consistentes e alinhadas com a identidade da marca, que fortalecem a lealdade e aumentam as vendas.
Mais fortes juntos: promover a excelência no retalho e no ecossistema. A IA estabelece uma ligação mais inteligente entre as marcas e os seus parceiros de retalho e de serviços. Fornece perceções personalizadas para otimizar inventário, promoções e a coordenação com os parceiros. Todo o ecossistema torna-se mais reativo, alinhado e eficiente.
Um olhar sobre os sistemas baseados em agentes que impulsionam o Trade 2.0
Do inventário à influência: reequilibrar oferta e procura em tempo real. Uma camada silenciosa de inteligência está a transformar a forma como as empresas de beleza respondem ao mercado. Nos bastidores, uma rede coordenada de agentes de IA monitoriza continuamente sinais de procura em tempo real, tendências nas redes sociais e dados de inventário atuais. Estes agentes funcionam de forma autónoma para acionar promoções específicas por região e garantir que a disponibilidade dos produtos acompanha a procura crescente. Se uma determinada cor de batom se tornar uma tendência numa cidade, a produção e a logística podem ser ajustadas em tempo real, enquanto os agentes de marketing lançam campanhas direcionadas para atrair o público local. É uma coreografia fluida entre oferta e procura, guiada por insights e executada com precisão.
Decisões comerciais mais inteligentes, moldadas por sinais. O planeamento comercial está a evoluir de previsões rígidas para um sistema dinâmico e responsivo a sinais. Com o apoio da IA generativa e baseada em agentes, as marcas podem agora simular inúmeras estratégias comerciais e receber recomendações inteligentes, baseadas em dados, adaptadas a cada canal B2B. Esta nova abordagem, que muitos já apelidam de Trade 2.0, é intrinsecamente adaptativa. Baseia-se em sinais dos marketplaces digitais, na velocidade do e-commerce e no desempenho do ecossistema de parceiros para tomar decisões em tempo real.
Por exemplo, se uma nova plataforma de produtos de beleza sustentáveis estiver a ganhar tração, os agentes de IA podem avaliar o alinhamento estratégico, modelar vários cenários de parceria e recomendar os termos ideais de colaboração, tudo com base em dados reais e insights preditivos. O que antes era um ciclo estático de planeamento torna-se um quadro dinâmico e evolutivo, suficientemente fluido para responder ao mercado e suficientemente preciso para agir com confiança.
Ouvir em larga escala: transformar conversas em estratégia. As conversas com clientes são agora uma das fontes mais ricas e muitas vezes subaproveitadas de insight estratégico. Com um motor conversacional baseado em agentes integrado em todos os pontos de contacto, desde mensagens diretas nas redes sociais e chatbots nos sites a mensagens in-app e apoio em loja, as marcas conseguem ir além de responder: conseguem ouvir verdadeiramente.
Estes sistemas vão para lá da simples gestão de pedidos. Interpretam o tom, o sentimento e a intencionalidade emergente, seja um cliente a perguntar sobre embalagens reutilizáveis no Instagram, alguém a questionar um chatbot sobre ingredientes veganos, ou um conselheiro em loja a detetar pedidos repetidos de um produto ainda não disponível. Estes sinais não estruturados são captados e sintetizados por uma rede de agentes especializados que os convertem em insights acionáveis.
Quando o volume de conversa em torno de um ingrediente "clean beauty" aumenta, o sistema pode de imediato avaliar os níveis de stock, alertar as equipas de logística, definir estratégias de abastecimento e tomar decisões promocionais, tudo antes de a tendência atingir o seu pico. Isto cria um ciclo de feedback responsivo entre o que os clientes sentem no momento e as ações da empresa em tempo real.
Manter-se à frente num mercado que nunca abranda
No mundo rápido da beleza e moda online, a agilidade é tudo. Os sistemas baseados em agentes foram concebidos especificamente para este ambiente. Conseguem gerir preços dinâmicos, criar pacotes personalizados de produtos e automatizar respostas a pedidos dos clientes em marketplaces digitais. Estes agentes inteligentes atuam com rapidez e consistência, garantindo que cada interação reflete a voz e os valores da marca, independentemente da velocidade ou fragmentação do canal.
O resultado é uma experiência de cliente fluida, que aumenta a taxa de conversão, promove a fidelização e permite à marca acompanhar o ritmo de um mercado que nunca pára.
Mais fortes juntos: promover a excelência no retalho e no ecossistema
A IA baseada em agentes desempenha um papel essencial nos bastidores, atuando como intermediário inteligente entre a marca e a sua rede alargada de parceiros. Estes agentes de IA apoiam os canais de retalho, incluindo grandes armazéns e boutiques especializadas, fornecendo insights personalizados sobre tendências de procura local, níveis ideais de inventário para SKUs específicos e oportunidades de co-marketing ajustadas à região. Esta informação ajuda os parceiros a manterem-se ágeis e a responderem às necessidades dos clientes em tempo real.
Para além do retalho, estes agentes melhoram a colaboração com prestadores de serviços no ecossistema, desde logística e armazenagem até plataformas de pagamento, facilitando a comunicação e permitindo uma operação mais coordenada e precisa em toda a cadeia. O resultado é uma cadeia de abastecimento mais eficiente, conectada e responsiva, em que todos os elos operam em sintonia com a estratégia da marca. Assim, os sistemas baseados em agentes não só melhoram os processos internos, como também ajudam a escalar a excelência operacional em todo o ecossistema da beleza e da moda.
O futuro é autónomo e centrado no ser humano
Como referiu um especialista do setor: "Os Guias Multiagente Autónomos são a próxima fronteira, onde agentes colaborativos e orientados por conhecimento não se limitam a executar tarefas, mas arquitetam de forma autónoma experiências inteligentes e preditivas em todo o ecossistema, redefinindo o valor e a excelência operacional."
Com o uso de sistemas autónomos, baseados em agentes e orientados por sinais, as marcas de beleza e moda têm a oportunidade de ir muito além da eficiência. Estes sistemas permitem experiências que são não apenas personalizadas e precisas, mas também profundamente empáticas, tratando os clientes com relevância, cuidado e inteligência a cada momento. Trata-se de uma mudança tecnológica e de uma evolução estratégica, que transforma dados estáticos em ação dinâmica, liga silos empresariais e capacita as organizações a agir com intenção e intuição.
As marcas que abraçarem este futuro, onde a inteligência é orquestrada e a empatia integrada, liderarão a próxima era da beleza e da moda.
Para as marcas de luxo globais, a IA na beleza não se resume à inovação. Trata-se também de preservar. A riqueza emocional, o património e o toque humano devem escalar em paralelo com a agilidade digital. Os sistemas baseados em agentes ajudam as marcas a cumprir essa promessa, oferecendo inteligência sem perder a intimidade, um verdadeiro marco da inovação na beleza.
Liderar o futuro
Para os líderes da indústria, a questão já não é se devem usar IA no setor da beleza, mas sim como utilizá-la de forma a preservar aquilo que o luxo sempre representou: ressonância emocional, design consciente e uma compreensão profunda do indivíduo. A verdadeira oportunidade está em usar o poder da Beauty Tech para escalar a inteligência emocional, mantendo-se profundamente humanos em cada ponto de contacto.
Isto exige a orquestração de um ecossistema digital fluido e em constante evolução, que opera discretamente, mas molda tudo desde a estratégia à experiência.
Liderar com empatia, aplicar a tecnologia com propósito e combinar intuição com inovação será essencial para definir o próximo capítulo da inovação em beleza.
Sobre o autor
Rahul Mahajan é CTO global da Nagarro e vice-presidente de Transformação Digital de Negócio. Com mais de 20 anos de experiência internacional e mais de 15 patentes atribuídas, é um especialista reconhecido em tecnologias emergentes como inteligência artificial (IA), IA generativa, cloud computing e Internet das Coisas (IoT). A sua visão integra empreendedorismo, engenharia e consultoria estratégica, permitindo-lhe impulsionar a inovação em setores como o retalho, os bens de consumo embalados (CPG) e a indústria automóvel. Atualmente, lidera iniciativas de modernização empresarial, e-commerce e experiência do cliente em ambientes digitais complexos e em rápida evolução.