Brics, tarifaço dos EUA e Novo Acordo do Rio Doce marcaram a semana

A semana começou com os olhos do mundo voltados para o Brasil. Pela quarta vez, o País sediou uma reunião de Cúpula dos Chefes de Estado dos países do Brics, no Rio de Janeiro. O encontro reuniu 11 membros titulares e 10 países parceiros. Em um contexto de desafios globais crescentes, os líderes debateram temas como as mudanças climáticas e o multilateralismo.

O presidente Lula reforçou a importância da liderança do Sul Global e defendeu a urgência de ações concretas em áreas como o meio ambiente, saúde e financiamento climático.

A semana também foi marcada pelo anúncio do governo dos Estados Unidos de que será cobrado do Brasil uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras enviadas para o país. Em entrevista, o presidente Lula reforçou que o Brasil deve ser respeitado e que há coisas que um governo não pode admitir, como a ingerência de um país na soberania de outro.

Vamos tentar fazer todo o processo de negociação. O Brasil gosta de negociar, não gosta de contencioso. E depois que se esgotarem as negociações, o Brasil vai aplicar a reciprocidade", afirmou o presidente.

Na economia, mirando na sustentabilidade, o Governo Federal zerou o IPI, que é o Imposto sobre Produtos Industrializados, para carros nacionais mais sustentáveis. A ideia é aumentar as vendas desses automóveis menos poluentes e ainda movimentar a economia do País.

E nesta sexta-feira (11/7), no Espírito Santo, o presidente Lula anunciou o pagamento de mais de R$ 3 bilhões do Novo Acordo do Rio Doce. A medida beneficia cerca de 22 mil pescadores e mais de 13 mil agricultores do Espírito Santo e de Minas Gerais, ao longo de quatro anos. O dinheiro é destinado à reparação socioeconômica das populações atingidas pelo rompimento da Barragem do Fundão, na zona rural do município de Mariana, em Minas Gerais, ocorrido em 2015.

E o Governo Federal disponibilizou, também nesta sexta-feira, o acordo para o ressarcimento dos valores descontados indevidamente de aposentados e pensionistas do INSS. A medida, que visa corrigir fraudes iniciadas em 2020, foi comentada pelo presidente Lula.

O Governo Federal vai garantir justiça para aposentados e pensionistas que tiveram descontos indevidos no INSS. A partir de hoje, será possível aderir ao acordo que garante o seu dinheiro de volta integralmente e corrigido pela inflação", afirmou Lula em vídeo publicado nas redes sociais.

O primeiro lote de pagamentos está previsto para 24 de julho e novos lotes serão liberados até que todos recebam. A adesão é essencial para garantir a devolução dos valores diretamente na conta do beneficiário, sem necessidade de ação judicial. Até o momento, o INSS recebeu 3,8 milhões de contestações (97,4% dos pedidos abertos).

E na saúde, um mutirão do Agora Tem Especialistas realizou, em um único dia, mais de 12 mil atendimentos para pacientes do Sistema Único de Saúde. A iniciativa aconteceu em 45 hospitais universitários federais 100% SUS.

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