05/09/2025 | News release | Distributed by Public on 05/09/2025 01:35
A ANACOM participou na 14.ª edição do evento GISEC GLOBAL 2025, que decorreu no Dubai (Emirados Árabes Unidos), de 6 a 8 de maio de 2025. A GISEC é o principal ponto de encontro da comunidade de cibersegurança a nível mundial. O evento reúne as principais empresas globais de cibersegurança, os Chief Information Security Officer de grandes empresas do Médio Oriente, África e Ásia, dignitários governamentais e líderes cibernéticos, inovadores regionais e internacionais e especialistas globais para debater as transformações da cibersegurança em todos os sectores e nações.
O painel de encerramento no GISEC 2025, intitulado 'Conectividade: Protegendo a superfície de ataque expandida das redes 5G', explorou os desafios únicos de segurança cibernética colocados pelo 5G e pela computação de ponta. O debate abordou questões fundamentais como a expansão das superfícies de ataque, a privacidade e segurança dos dados, a segurança da cadeia de abastecimento e as estratégias para construir um ecossistema 5G seguro. Especialistas da Suíça, Portugal, Egito, Canadá e Emirados Árabes Unidos reuniram-se para destacar como a resiliência deve evoluir juntamente com a conetividade.
O painel foi moderado por Orhan Osmani, Chefe da Divisão de Cibersegurança da União Internacional de Telecomunicações (UIT), que lidera iniciativas globais de cibersegurança em 193 estados-membros, promovendo a conetividade segura em todo o mundo.
O debate começou por referir o recente corte de energia na Europa e a consequente perturbação das redes de comunicação. O painel procurou analisar as melhores abordagens para salvaguardar as infraestruturas críticas contra este tipo de incidentes imprevistos.
João Filipe Alves, Responsável de Segurança da ANACOM, sublinhou a necessidade de uma investigação exaustiva sobre a falha de energia: "temos de reavaliar as infraestruturas críticas no sector das telecomunicações", salientando os regulamentos europeus existentes e a interdependência entre os sistemas de energia e de comunicações. João Alves defendeu que os governos devem dar prioridade às reservas em sectores essenciais, incluindo alimentação, energia e telecomunicações. O Responsável de Segurança da ANACOM sublinhou também a importância de garantir a fiabilidade dos dispositivos da Internet das Coisas (IoT) e das tecnologias da informação (TI) durante os serviços de emergência, destacando a necessidade de manter as antenas de telecomunicações mesmo durante falhas de energia.
Em termos de proteção dos dados dos cidadãos, João Alves apelou a uma maior cooperação intersectorial e à colaboração entre as autoridades nacionais, explicando que "em Portugal, lançámos uma Equipa Sectorial de Resposta a Incidentes de Segurança Informática (CSIRT) para o sector das telecomunicações", e recomendou ainda a existência de peritos especializados para apoiar os operadores de telecomunicações na proteção das bases de dados dos clientes e na prevenção de ciberataques. Ressalvou, ainda, a necessidade de os peritos técnicos terem informação para compreender como funcionam os dispositivos em cada sector para melhorar a preparação.
Fonte: Trace Media International.
João Alves (2.º à esquerda da imagem) com os especialistas da Suíça, Egito, Canadá e Emirados Árabes Unidos que participaram do painel para debater a resiliência e a evolução conjunta da conetividade.