10/29/2025 | Press release | Distributed by Public on 10/29/2025 08:54
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ponderou que a questão da violência que tomou conta do Rio de Janeiro nos últimos dias não compete diretamente à sua pasta, e condenou a politização do tema por parte de alguns setores. Do ponto de vista prático, no que compete à Fazenda e à Receita Federal, o ministro lembrou que tem havido uma atuação forte no estado do Rio de Janeiro - e em outro estados -, na questão dos combustíveis, da "maneira mais eficaz", como ele observa.
"Nós apreendemos quatro navios e há uma guerra jurídica em torno da liberação ou não dessas mercadorias", disse Haddad a jornalistas na manhã desta quarta-feira (29/10). "E eu penso que o governador deveria nos ajudar em relação a isso", afirmou.
"O Governo do Estado do Rio tem feito praticamente nada em relação ao contrabando de combustível, que é o que irriga o crime organizado. E para pegar o andar de cima do crime organizado, que é quem tem o dinheiro e municia as milícias, tem que combater de onde está vindo o dinheiro. E no caso do Rio de Janeiro, todo mundo sabe o que está vindo do contrabando de combustível, da fraude tributária, da simulação de refino, da distribuição de combustível batizado", observou Haddad.
E penso que o governador deveria acordar para esse problema, que é crônico no Rio de Janeiro. E ajudar a Receita Federal a combater o andar de cima."
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Para Fernando Haddad, se o dinheiro irriga o crime por cima, é muito difícil conseguir combater na ponta. "Tem que controlar pelo alto, asfixiar o crime. Porque eles, sem dinheiro, têm pouca capacidade de atuação. Está faltando isso, da parte do governo do Rio, acordar para esse problema crônico no Rio. O governador Tarcísio (de Freitas), inclusive, esteve aqui no Supremo Tribunal Federal para tentar caçar uma decisão da Justiça do Rio, que afeta a tributação de São Paulo", disse.
"Então, nós precisamos nos organizar. Por isso que é tão importante a PEC da Segurança Pública: porque ela impõe a todos, governadores, presidente da República, Receita, Polícia Federal, Ministério Público Estadual, Ministério Federal, uma integração. Assim nós vamos conseguir combater o crime organizado."