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09/01/2025 | News release | Distributed by Public on 09/01/2025 10:45

Setembro Amarelo – conscientização sobre a prevenção do suicídio e a promoção da saúde mental.

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Falar sobre saúde mental e prevenção do suicídio é fundamental para salvar vidas, mas ainda envolve muitos tabus. A campanha Setembro Amarelo busca quebrar esse silêncio, incentivando o diálogo aberto e acolhedor. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos, sendo que a maioria dos casos poderia ser prevenida com apoio e tratamento adequados. Neste texto, exploramos como a conversa pode ser uma ferramenta poderosa, aliando esforços da saúde pública, famílias, escolas e comunidades para promover acolhimento e prevenir tragédias.

Setembro Amarelo: origem e propósito

A campanha Setembro Amarelo foi criada em 2015 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), inspirada em iniciativas internacionais. Hoje, é considerada a maior ação antidestigma do mundo focada na prevenção do suicídio. O mês inteiro é dedicado a conscientizar a população sobre a importância de falar sobre o tema, combater preconceitos e informar sobre onde buscar ajuda. Segundo o Ministério da Saúde, o suicídio é responsável por cerca de 14 mil mortes anuais no Brasil, o que equivale a 38 por dia. Esses números, por si só, demonstram a urgência de tratar o assunto com seriedade e empatia.

O desafio do suicídio na saúde pública

O suicídio é uma questão complexa, influenciada por fatores biológicos, psicológicos, sociais e culturais. De acordo com a OMS, entre os jovens de 15 a 29 anos, é a quarta principal causa de morte no mundo, atrás apenas de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal. No Brasil, há aumento expressivo dos casos em determinadas faixas etárias e regiões, o que exige estratégias de prevenção adaptadas à realidade local. O Sistema Único de Saúde (SUS) atua na identificação precoce de transtornos mentais e no encaminhamento para tratamento, mas o estigma ainda impede muitas pessoas de buscar apoio.

A importância da conversa

Conversar é um gesto simples, mas capaz de gerar um impacto profundo e, muitas vezes, salvar vidas. De acordo com o Ministério da Saúde, abordar o tema com empatia não incentiva o suicídio, mas sim oferece alívio e abertura para que a pessoa em sofrimento sinta-se validada e compreendida. A disposição para iniciar esse diálogo pode ser o primeiro passo para quebrar o isolamento emocional, que é um dos fatores mais perigosos para quem enfrenta crises. É preciso lembrar que muitas pessoas que pensam em suicídio não querem, de fato, acabar com a vida, mas sim cessar a dor que estão sentindo.

O papel da escuta ativa

Escutar com atenção, sem interromper e sem pressa de responder, cria um espaço seguro para que a pessoa compartilhe sua dor e seus pensamentos mais profundos. Isso significa acolher o que está sendo dito sem tentar corrigir ou minimizar o sofrimento, evitando frases como "isso é bobagem" ou "vai passar" que, embora possam ser ditas com boa intenção, acabam invalidando a experiência do outro. Segundo orientações do Centro de Valorização da Vida (CVV), oferecer presença e interesse genuíno é, muitas vezes, mais importante do que tentar dar soluções imediatas.

Fatores de risco e sinais de alerta

Muitos casos de suicídio estão associados a transtornos mentais como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia e transtornos de ansiedade, mas também podem ser influenciados por fatores externos como abuso de substâncias, histórico de violência física ou sexual, problemas financeiros e perdas significativas. Situações de grande estresse, como desemprego, separações ou diagnósticos de doenças graves, também aumentam o risco. Reconhecer mudanças comportamentais é essencial para agir precocemente: isolamento social, alterações no sono e no apetite, descuido com a higiene pessoal, queda de desempenho no trabalho ou nos estudos e falas recorrentes sobre desesperança ou inutilidade devem ser levadas a sério.

O papel da família e dos amigos

No ambiente familiar, criar vínculos fortes e canais abertos de comunicação é vital para que os membros se sintam seguros em compartilhar suas dificuldades. Isso significa cultivar um espaço de diálogo contínuo, onde sentimentos são tratados com seriedade e empatia. Amigos próximos, por sua vez, também podem se tornar agentes de prevenção ao demonstrar interesse genuíno pelo bem-estar da pessoa e ao encorajá-la a buscar ajuda profissional.

Escolas e empresas como espaços de prevenção

Ambientes escolares e corporativos têm papel estratégico na promoção da saúde mental. Nas escolas, programas educativos que abordam emoções, autocuidado e empatia ajudam a formar jovens mais conscientes sobre o valor da vida. Nas empresas, investir em programas de apoio psicológico, treinamentos para líderes e políticas de combate ao assédio cria ambientes mais saudáveis e produtivos. O Ministério da Saúde reforça que a prevenção do suicídio exige a participação de toda a sociedade, incluindo o setor privado e as instituições de ensino.

Recursos e canais de ajuda

A divulgação de canais de atendimento e apoio é fundamental para ampliar o acesso à ajuda. O Centro de Valorização da Vida (CVV é um dos principais recursos no Brasil, oferecendo atendimento gratuito, sigiloso e 24 horas por dia pelo telefone 188, chat e e-mail. O Sistema Único de Saúde (SUS) também disponibiliza atendimento psicológico e psiquiátrico por meio das Unidades Básicas de Saúde e dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que oferecem suporte especializado para pessoas em sofrimento psíquico. A existência desses serviços é um fator protetor importante, pois garante que, independentemente da situação financeira, qualquer pessoa possa receber atenção qualificada.

O papel das campanhas de mídia

A forma como a mídia aborda o suicídio pode contribuir tanto para a prevenção quanto para o agravamento do problema. Segundo a OMS, reportagens responsáveis, que evitam a romantização e a descrição detalhada de métodos, ajudam a reduzir o risco de imitação, conhecido como "efeito Werther". Por outro lado, a cobertura inadequada pode gerar impacto negativo, especialmente entre populações vulneráveis. Campanhas como o Setembro Amarelo utilizam as redes sociais, televisão e rádio para disseminar mensagens de apoio, histórias de superação e informações sobre onde buscar ajuda, ampliando o alcance das ações preventivas e fortalecendo a conscientização coletiva

Como iniciar a conversa

Iniciar o diálogo exige sensibilidade e preparo emocional, pois estamos lidando com um momento de grande fragilidade para a outra pessoa. O primeiro passo é escolher um ambiente calmo, privado e sem distrações, garantindo que a pessoa se sinta segura para se abrir. Demonstrar preocupação genuína é essencial; frases como "Eu estou aqui para você" ou "Eu me importo com o que você está passando" ajudam a criar um clima de confiança. O tom de voz deve ser acolhedor e sem pressa, permitindo que o outro fale no seu tempo. Perguntas abertas, como "Você quer me contar o que está sentindo?" ou "O que tem passado pela sua mente ultimamente?", facilitam a expressão dos sentimentos e evitam respostas monossilábicas. É importante não interromper e evitar emitir julgamentos, mesmo que algo dito pareça chocante.

Conversar é prevenir

Estudos indicam que nove em cada dez suicídios poderiam ser evitados com medidas de prevenção adequadas, e a conversa é uma das mais acessíveis e eficazes. Falar sobre o assunto com clareza e respeito ajuda a romper o ciclo de silêncio e solidão que agrava o sofrimento emocional. Ao oferecer espaço para que a pessoa compartilhe seus pensamentos, abrimos a possibilidade de intervir antes que a situação se agrave. A conversa pode revelar fatores de risco ocultos, como problemas de saúde mental não diagnosticados, uso abusivo de substâncias ou situações de violência doméstica, permitindo encaminhamentos adequados.

O Setembro Amarelo reforça que a prevenção do suicídio começa com a escuta e o diálogo. Famílias, escolas, empresas e profissionais de saúde têm responsabilidade conjunta em criar redes de apoio, combater o estigma e promover o acesso a cuidados de saúde mental de qualidade. Falar sobre o tema não significa incentivar o ato, mas sim oferecer caminhos para que a pessoa encontre suporte emocional e tratamento adequado. De acordo com o Ministério da Saúde, nove em cada dez casos poderiam ser evitados se houvesse mais informação e intervenções precoces, o que mostra que a conscientização salva vidas.

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Fontes:

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/setembro/anualmente-mais-de-700-mil-pessoas-cometem-suicidio-segundo-oms#:~:text=O%20suic%C3%ADdio%20%C3%A9%20uma%20ocorr%C3%AAncia,a%20cada%20100%20mortes%20registradas

https://eparaguacu.sp.gov.br/noticia/print-noticia/7975/a-melhor-forma-de-prevenir-o-suicidio-e-o-dialogo/#:~:text=Nove%20em%20cada%20dez%20mortes,do%20tema%3A%20o%20setembro%20amarelo

https://www.setembroamarelo.com/#:~:text=O%20suic%C3%ADdio%20%C3%A9%20uma%20triste,pessoas%20cometem%20suic%C3%ADdio%20por%20dia

https://www.gov.br/fundacentro/pt-br/comunicacao/noticias/noticias/2024/setembro/setembro-amarelo-e-a-saude-mental-dos-trabalhadores#:~:text=%C3%89%20importante%20ressaltar%20que%20a,suas%20dificuldades%20e%20buscar%20aux%C3%ADlio

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