10/07/2025 | Press release | Distributed by Public on 10/07/2025 20:04
O Parque consolida o Estado como referência global em desenvolvimento sustentável e epicentro da bioeconomia no Brasil e no mundo
O governador do Pará, Helder Barbalho, entregou nesta terça-feira (7) o mais diversificado complexo de desenvolvimento tecnológico em modelo de produção florestal do mundo: o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia. Projeto estruturante do Plano Estadual de Bioeconomia, o Parque já nasce como o maior polo desse segmento da América Latina, e único parque tecnológico do planeta que usa o potencial da floresta para atender comunidades tradicionais e startups da área.
Instalado nos Armazéns 5 e 6 do antigo porto de Belém, no Complexo Porto Futuro, o espaço de 6.000 metros quadrados (m²) posiciona o Pará na vanguarda da inovação sustentável, unindo ciência, tecnologia e saberes tradicionais para transformar a biodiversidade amazônica em negócios de alto valor agregado.
"Hoje, nós temos o privilégio, a oportunidade extraordinária da entrega do Parque de Bioeconomia da Amazônia, o mais importante equipamento de bioeconomia do mundo, e nós temos que nos orgulhar disto. Se trata de um investimento com o propósito de fazer a industrialização, a transformação produtiva de produtos advindos da floresta, sejam do produto mais simples ao mais complexo, com equipamentos do que há de mais moderno na oferta do mercado nacional e internacional. Lembrando que os produtos são nacionais, mas são tecnologias de ponta. O objetivo é, neste Parque de Bioeconomia, construir o ambiente para promover atividades econômicas baseadas na riqueza da biodiversidade amazônica, para que com isto nós consigamos extrair da nossa biodiversidade as riquezas. E é importante registrar que, em 2019, nós tínhamos apenas 200 negócios advindos da bioeconomia. Nós chegamos este ano a 800 negócios", afirmou Helder Barbalho.
Momento histórico - Na ocasião, o governador esteve à frente de uma visita guiada ao Laboratório-Fábrica do Parque, onde foram apresentados produtos que poderão ser desenvolvidos a partir do maquinário disponível no local.
"Quero desejar sucesso a todos aqueles que utilizarão esse espaço para o seu empreendimento, para novos negócios, e também, como nós já vimos, para ampliação dos negócios já existentes. E a gente pode aqui testemunhar o potencial que nós temos de crescimento. Eu quero que cada um imagine isso aqui sendo um centro de negócios, um centro de transformação e crescimento da nossa economia. Parabéns a todos que construíram", disse a vice governadora Hana Ghassan.
"A implantação deste Parque representa um novo capítulo na história do Pará. Estamos criando um espaço onde o conhecimento científico, a inovação tecnológica e a sabedoria das comunidades tradicionais caminham juntos para valorizar a nossa biodiversidade e transformá-la em oportunidades sustentáveis. Queremos que este seja um ambiente vivo de cooperação, onde ideias se tornem soluções, negócios se tornem impacto e a floresta se torne sinônimo de prosperidade. O Pará está pronto para liderar a bioeconomia amazônica com responsabilidade e visão de futuro", ressaltou o titular da Semas, Raul Protázio Romão.
"Eu queria parabenizar não apenas o governador, mas também toda a sua equipe incansável, que tem trabalhado também com o governo federal na busca das cooperações que vão ajudar a fortalecer a estratégia aqui. Eu estava pensando sobre o porquê, e a gente olha para toda essa estrutura maravilhosa, e ela simboliza muito na COP. A gente não quer que seja só uma vitrine, mas é importante que seja, porque ainda somos perguntados se é possível produzir na Amazônia", disse Carina Pimenta, secretária Nacional de Bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
Também foi firmado um Acordo de Cooperação Técnica entre o Governo do Pará e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, visando à promoção de ações de integração entre o Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia e o Plano Estadual de Bioeconomia do Pará, bem como o Programa Federal de Pagamento por Serviços Ambientais e Programa de Pagamentos por Serviços Ambientais do Pará.
Estrutura e eixos estratégicos - O Armazém 5, denominado Centro de Negócios, abriga o Centro de Sociobioeconomia e o Centro de Gastronomia Social. Neste espaço estão concentrados coworkings, incubadoras, aceleradoras, salas de reunião, fundos de investimento, showroom de inovação, lounge para eventos e o Balcão Único, que conecta empreendedores a soluções tecnológicas e produtivas. O Centro de Sociobioeconomia reúne o Laboratório Vivo, ambiente de cocriação entre comunidades, startups e pesquisadores, e a Escola de Saberes da Floresta, dedicada à valorização de conhecimentos tradicionais e à formação técnica voltada ao manejo sustentável. Já o Centro de Gastronomia Social promove experiências gastronômicas sustentáveis, e valoriza a cultura alimentar amazônica como expressão da sociobiodiversidade.
Já no Armazém 6, o Laboratório-Fábrica integra o Centro de Inovação. Trata-se de uma planta-piloto equipada para Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) e produção experimental de alimentos, cosméticos e químicos finos a partir de insumos florestais. Neste mesmo espaço estão a Gestão de P&D, responsável por articular a rede de laboratórios parceiros e conectar pesquisas ao setor produtivo, e o Showroom de Inovação, vitrine de tecnologias verdes e novos produtos da bioeconomia para investidores, compradores e parceiros.
"Hoje é um momento extremamente importante e especial para nós, povos da floresta, porque 40 anos atrás, quando o CNS falava que é possível viver com a floresta viva, todo mundo duvidava que era possível viver com floresta viva. E o projeto que se tinha para a Amazônia era um projeto de desenvolvimento que não nos envolvia. E hoje, quando estamos aqui, discutindo com diferentes entes, com diferentes organizações e com o governo, o que a floresta viva representa, isso nos dá sustentação para tudo. O Governo do Pará hoje está de parabéns por este momento que, para nós, é um marco histórico", disse Letícia Moraes, vice-presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS).
Parcerias e investimentos - O valor total do investimento do Parque foi cerca de R$ 300 milhões, por meio da parceria entre governo e a Vale, dentro do Programa Estrutura Pará.
No ato de entrega do espaço foram celebrados acordos de patrocínio do Parque com as empresas Natura, Ambipar e o Fundo Vale.
"Todos os investimentos que a gente fez, não só nas organizações que estão na Amazônia mantendo essa floresta em pé, mas também depois nos negócios que têm um grande potencial, faz todo o sentido neste contexto de impulsionar a bioeconomia. Muito obrigada pela confiança que vocês depositaram na gente em poder estar aqui junto com vocês hoje, construindo e fazendo parte dessa história", ressaltou Patrícia Daros, diretora de Operações do Fundo Vale.
"Este investimento reforça o que acreditamos e praticamos há mais de 25 anos na Amazônia. A sociobioeconomia é uma solução integradora para o enfrentamento das crises climáticas e da perda de biodiversidade. E este Parque é a prova de que, juntos - iniciativa privada, poder público e sociedade - podemos transformar este território em uma referência inovadora de economia regenerativa para o mundo", afirmou Ana Costa, vice-presidente de Sustentabilidade, Jurídico e Reputação Corporativa da Natura.
"Pra gente, é um orgulho muito grande e um privilégio enorme poder participar, fazer parte do que é esse aparelho, esse Parque, da importância que isso vai trazer, da transformação que a gente tem aqui, e que vai ter nos próximos anos na socioeconomia amazônica. A Ambipar é uma companhia brasileira de soluções ambientais, e a gente tem a sustentabilidade como o nosso negócio, a transformação ecológica. E poder fazer parte de um legado para impulsionar a bioeconomia e trazer desenvolvimento social para a região amazônica é um motivo de orgulho pra gente, e faz todo o sentido", assegurou Fernanda Sossai, diretora executiva de Sustentabilidade da Ambipar.