PAHO - Pan American Health Organization

09/30/2025 | Press release | Distributed by Public on 09/30/2025 11:19

Manual sobre prevenção do suicídio para profissionais da mídia ganha versão em português

Brasília, 30 de setembro de 2025 - Já está disponível em português o manual para profissionais da mídia sobre prevenção do suicídio, traduzido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) com apoio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde do Brasil. A publicação foi anunciada nesta segunda-feira (29/09), durante o evento Lançamento de Ações Intersetoriais de Prevenção ao Suicídio, alusivo à campanha Setembro Amarelo no país.

Na abertura, a representante adjunta da OPAS e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, Elisa Prieto, destacou que promover o cuidado com a saúde mental tornou-se uma prioridade institucional, com atenção especial à prevenção do suicídio.

"Esse tema tem se tornado uma prioridade. E essa prioridade está sendo implementada por meio de uma iniciativa que fortalece a governança, a vigilância, os serviços de saúde e aquelas outras ações que têm que acontecer fora da saúde", reforçou.

A região das Américas é a única região do mundo onde a taxa de mortalidade por suicídio continua crescendo. Só em 2021, morreram 100 mil pessoas por suicídio.

Elisa Prieto também ressaltou o impacto humano por trás das estatísticas:


"É muito importante lembrar que por trás de cada morte tem uma família, tem filhos, tem pais, tem companheiros, tem um entorno de trabalho, tem uma comunidade que sofre muito".

A secretária de vigilância em saúde e ambiente, Mariângela Simão, destacou que "o maior conhecimento sobre a temática também possibilita que a gente busque melhorar os serviços de atendimento, busque melhorar os mecanismos de prevenção, e principalmente que a gente possa melhorar o sistema de alerta".

Por que comunicar?

Durante palestra sobre Panorama Epidemiológico e Estratégias de Comunicação sobre Suicídio, a diretora do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças não Transmissíveis ressaltou a importância da comunicação como aliada da prevenção.

"A gente considera a mídia como um parceiro, mas é importante que a gente faça isso com responsabilidade. Então, por que comunicar? Para conscientizar, para superar estigmas, para incentivar a busca por ajuda, para divulgar os serviços existentes que podem ajudar a população e para promover a saúde mental. A comunicação é um elemento essencial para a mobilização e conscientização da sociedade".

Manual para profissionais da mídia

Originalmente publicado pela OMS e pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP, na sigla em inglês), a publicação é direcionada a pessoas que trabalham nos meios de comunicação, como jornalistas, diretores de jornalismo, editores, redatores, fotógrafos e cinegrafistas.

O manual tem como objetivo oferecer a estes profissionais orientações sobre o que fazer e o que não fazer ao veicular informações sobre suicídios. Apresenta também conselhos a respeito de reportagens sobre prevenção e bem-estar mental e emocional, que podem ser introduzidas proativamente nos meios de comunicação e se concentrar no enfrentamento, esperança e recuperação.

O suicídio é um grave problema de saúde pública que muitas vezes é tratado apenas como uma condição de saúde mental, mas é uma questão complexa e multifacetada que precisa ser devidamente abordada. Quando há divulgação ampla de uma morte por suicídio, por exemplo, mais casos costumam ocorrer na população. O risco é ainda maior quando se trata de uma celebridade. Por isso, os profissionais da mídia desempenham um papel importante na prevenção e são orientados a comunicar o suicídio de forma responsável, contribuindo para a diminuição do número de casos e incentivando a procura por apoio.

Reportagens responsáveis fornecem informações sobre casos de superação e esperança, como e onde buscar ajuda em caso de pensamentos e tentativas de suicídio , contribuindo com dicas sobre como lidar com fatores estressores da vida e/ou pensamentos suicidas, por exemplo. É importante não utilizar linguagem sensacionalista, não informar métodos utilizados, não identificar a pessoa, não divulgar fotografias e vídeos nas mídias sociais e não romantizar o suicídio, entre outras questões importantes. Pessoas em situação de vulnerabilidade (com história de tentativas de suicídio, pensamentos suicidas ou exposição ao suicídio, por exemplo) têm maior risco de adotar comportamentos imitativos após notícias e reportagens veiculadas de forma inadequada.

Viver a Vida

A OPAS publicou em setembro de 2024 a versão em português do Guia de implementação para a prevenção do suicídio nos países "Viver a Vida", da OMS. A publicação traz uma abordagem abrangente com foco em quatro estratégias principais para a prevenção do suicídio: limitar o acesso aos métodos de suicídio, como pesticidas e armas de fogo; capacitar a mídia sobre a cobertura responsável do suicídio; promover habilidades socioemocionais entre adolescentes; e garantir a identificação precoce, avaliação, gestão e acompanhamento de qualquer pessoa afetada por pensamentos e comportamentos suicidas.

Acesse aqui o Manual: Prevenção do suicídio: um manual para profissionais da mídia. Atualização de 2023

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